14/11/2012

Quando as portas fecham

Quando as portas fecham
e não há aurora
fico como tonto

ando feito louco

pelo bar dos dias
vai-se o copo, as
horas...

e não há aurora.


 Aurora,

como te quero agora! Aurora
da minha vida... Carne
em minha labareda...

Mas aurora não quer nem saber

e me deixa na porta e me deixa na mão
feito cão sem casa
a desovar auroras
pelo mar das pias...

A. F.


~ Poema selecionado no "Prêmio Cultural Poesias de Amor"
para compor a antologia "O Livro do Amor" (AAL — 2012).